Mas o que torna a last-mile tão complexa?
A resposta está na imprevisibilidade. Enquanto etapas anteriores da cadeia operam com grande volume e rotinas bem definidas, a última milha lida com múltiplos destinos, pequenas quantidades e exigências crescentes de prazo. A otimização logística nesse contexto depende de dados em tempo real, roteirização inteligente e integração com a malha de distribuição.
É aí que tecnologias avançadas e uma gestão orientada por dados fazem diferença. Desde o rastreamento dinâmico até soluções específicas de last-mile, tudo contribui para melhorar eficiência e reduzir custos. A última milha pode representar até 53% do custo total da entrega – otimizá-la é essencial.
No Brasil, com infraestrutura urbana desafiadora e trânsito imprevisível, a otimização logística da última milha exige mais do que ferramentas: requer visão estratégica. É necessário rever a malha de distribuição, adotar micro hubs urbanos, utilizar veículos menores e até integrar entregas com bicicletas ou lockers. Cada cidade demanda uma abordagem única.
E não se trata apenas de reduzir custos. A last-mile é o elo visível com o cliente. A pontualidade e a comunicação durante a entrega influenciam diretamente a percepção da marca. Por isso, empresas que investem na última milha como diferencial competitivo colhem benefícios em fidelização e reputação.
Soluções específicas para a last-mile incluem sistemas de roteirização adaptativos, otimização de janelas de entrega e análise preditiva de atrasos. Tudo isso contribui para uma otimização logística verdadeiramente eficaz.
O futuro da logística passa pela última milha. Em um cenário de crescimento do e-commerce e aumento da expectativa por agilidade, quem dominar a last-mile terá vantagem real. A otimização logística começa no planejamento, mas se concretiza na ponta.